Jack o Estripador: Os Casos Mais Complicados do Notório Assassino

Jack o Estripador: Os Casos Mais Complicados do Notório Assassino

Jack, o Estripador, é um dos assassinos em série mais infames da história, tendo aterrorizado as ruas de Whitechapel, em Londres, no final do século XIX.

Suas ações, marcadas por uma brutalidade sem precedentes, envolveram o assassinato de várias mulheres, principalmente prostitutas, em 1888.

Sua identidade nunca foi descoberta, o que o tornou um dos maiores mistérios criminais do mundo.

Neste artigo, vamos explorar os casos mais complicados atribuídos ao Estripador, bem como os detalhes que tornaram suas ações tão notórias.

Contexto Histórico

Em 1888, Londres era uma cidade em rápida expansão, com um grande número de pessoas vivendo em condições de extrema pobreza, especialmente no distrito de Whitechapel, uma área de densidade populacional alta e problemas sociais graves.

O crime e a prostituição eram comuns, o que tornou Whitechapel um terreno fértil para os atos brutais de Jack o Estripador.

As autoridades da época, limitadas por técnicas forenses rudimentares e falta de comunicação entre os departamentos de polícia, enfrentaram grandes dificuldades para capturar o criminoso.

A Série de Assassinatos: As Vítimas Conhecidas

Entre agosto e novembro de 1888, cinco assassinatos brutais foram atribuídos a Jack, o Estripador.

Essas vítimas, que ficaram conhecidas como as “cinco canônicas”, sofreram mutilações horríveis, e a natureza ritualística dos crimes chocou a sociedade.

Vamos detalhar esses casos e os aspectos que os tornaram tão desafiadores para a polícia.

Jack o Estripador

1. Mary Ann Nichols (31 de agosto de 1888)

Mary Ann Nichols foi a primeira das cinco vítimas canônicas.

Seu corpo foi encontrado por volta das 3h40 da manhã na Buck’s Row (hoje Durward Street), em Whitechapel.

Seu pescoço havia sido cortado duas vezes, e havia mutilações profundas em seu abdômen.

O assassinato de Nichols foi o primeiro a mostrar o modus operandi característico de Jack: cortes na garganta e mutilações abdominais.

O caso foi inicialmente confuso porque a polícia local não tinha experiência com esse nível de violência.

A falta de testemunhas e a escuridão das ruas dificultaram a coleta de informações, tornando o caso um verdadeiro quebra-cabeça para as autoridades.

2. Annie Chapman (8 de setembro de 1888)

A segunda vítima, Annie Chapman, foi encontrada nas primeiras horas da manhã no quintal de uma casa na Hanbury Street.

Assim como Nichols, Chapman teve a garganta cortada e o corpo mutilado, mas neste caso, o assassino removeu alguns dos órgãos internos da vítima.

Esta escalada de violência sugeriu que o criminoso tinha algum conhecimento anatômico, o que levou a especulações de que ele poderia ser um médico ou açougueiro.

Esse assassinato tornou o caso ainda mais complicado, pois a mutilação adicional e a remoção de órgãos indicaram um nível de premeditação e habilidade que não era comum em crimes de rua.

A polícia começou a considerar a possibilidade de que o Estripador fosse alguém com um conhecimento técnico específico, mas essa teoria nunca foi confirmada.

3. Elizabeth Stride (30 de setembro de 1888)

Elizabeth Stride foi a terceira vítima, encontrada na Berner Street (hoje Henriques Street).

O caso de Stride é considerado um dos mais intrigantes porque, ao contrário das outras vítimas, seu corpo não apresentava mutilações abdominais.

Sua garganta foi cortada, mas os investigadores acreditam que o assassino foi interrompido antes de poder completar seu ritual.

Esse incidente levantou várias questões para a polícia.

Foi Jack o Estripador realmente o responsável por este assassinato? Ou ele foi interrompido antes de poder aplicar seu padrão habitual de mutilações?

Essas dúvidas complicaram a investigação, especialmente porque Stride foi assassinada na mesma noite que outra vítima, Catherine Eddowes, o que levou à teoria de que o assassino, frustrado por não conseguir completar seu trabalho com Stride, foi atrás de outra vítima.

4. Catherine Eddowes (30 de setembro de 1888)

Pouco mais de 40 minutos após o corpo de Elizabeth Stride ser descoberto, Catherine Eddowes foi encontrada morta na Mitre Square.

Ela sofreu mutilações extensas, incluindo cortes no rosto e na área abdominal.

O assassinato de Eddowes é um dos mais estudados, pois foi o único a ocorrer fora de Whitechapel, no distrito da Cidade de Londres.

Este caso foi particularmente complicado devido à sua localização. Diferentes jurisdições policiais eram responsáveis pelas áreas de Whitechapel e da Cidade de Londres, e a falta de coordenação entre elas atrasou as investigações. Além disso, uma mensagem misteriosa escrita com giz em uma parede próxima ao local do crime, conhecida como “Goulston Street Graffito”, aumentou ainda mais o mistério. A mensagem parecia implicar os judeus no crime, o que gerou tensões sociais em um momento já volátil.

5. Mary Jane Kelly (9 de novembro de 1888)

O assassinato de Mary Jane Kelly foi o mais brutal de todos.

Diferente das outras vítimas, Kelly foi assassinada dentro de sua própria casa, no quarto onde vivia na Miller’s Court. Sua morte marcou uma escalada definitiva na violência.

Kelly foi desmembrada de forma grotesca, com várias partes do corpo removidas ou destruídas.

Este foi o único assassinato cometido em um local fechado, o que deu ao assassino mais tempo para realizar seus atos horríveis sem o risco de ser interrompido.

Esse caso foi particularmente confuso para os investigadores, pois o cenário fechado poderia ter deixado mais pistas.

No entanto, a ausência de qualquer testemunha direta e a brutalidade extrema fizeram com que a cena do crime fosse difícil de analisar com os recursos da época.

As Teorias e os Suspeitos

Desde 1888, mais de 100 suspeitos foram propostos como possíveis identidades de Jack, o Estripador, variando de açougueiros a médicos, e até mesmo membros da família real britânica.

No entanto, apesar de numerosas teorias, nenhuma evidência concreta foi descoberta para identificar o assassino com certeza.

Teoria do Conhecimento Médico

Uma das teorias mais amplamente aceitas é que Jack, o Estripador, tinha algum conhecimento médico.

A precisão dos cortes, especialmente nos casos de Annie Chapman e Catherine Eddowes, indicava uma familiaridade com a anatomia humana.

Essa hipótese levou a investigações focadas em médicos e cirurgiões da época, mas nenhuma prova definitiva foi encontrada.

Teoria do “Louco”

Outra teoria é a de que Jack, o Estripador, era um homem mentalmente instável, talvez um paciente psiquiátrico fugitivo.

Os atos brutais e aparentemente sem motivo sugerem que o assassino sofria de algum tipo de psicose.

Essa ideia, no entanto, foi difícil de provar, dado o número de pessoas com problemas mentais vivendo nas áreas pobres de Londres na época.

Conclusão

Os assassinatos de Jack, o Estripador, continuam sendo um dos maiores mistérios criminais da história.

Embora os avanços modernos na ciência forense e as investigações continuem até hoje, a identidade do assassino permanece envolta em mistério.

Sua habilidade de evitar a captura, combinada com a brutalidade dos crimes, garantiu seu lugar como uma figura notória na história criminológica.

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