O Caso do Zodíaco 1960s–1970s – EUA

O Caso do Zodíaco 1960s–1970s – EUA

O caso do Zodíaco é um dos mais famosos e enigmáticos casos de assassinato em série da história dos Estados Unidos.

O assassino, que se autodenominou “Zodíaco”, aterrorizou a área de San Francisco entre as décadas de 1960 e 1970, e sua identidade nunca foi confirmada, tornando-se um mistério até hoje.

Neste artigo, vamos detalhar todos os eventos e pistas do caso, além das tentativas das autoridades de capturar o criminoso.

1. O Início dos Crimes e o Surgimento do Zodíaco

Os ataques começaram em dezembro de 1968, quando David Faraday e Betty Lou Jensen foram baleados em Vallejo, Califórnia.

O casal estava em um local isolado e foram atacados por um indivíduo desconhecido.

Menos de um ano depois, em julho de 1969, Darlene Ferrin e Michael Mageau foram atacados de maneira semelhante.

Mageau sobreviveu aos tiros e descreveu um homem de aparência comum, mas as pistas eram insuficientes.

O caso começou a ganhar notoriedade em 1969, quando cartas começaram a ser enviadas para jornais locais, como o San Francisco Chronicle.

Nessas cartas, o autor se autodenominava “Zodíaco” e incluía criptogramas que, segundo ele, revelariam sua identidade.

Os criptogramas foram analisados por especialistas e, embora alguns tenham sido decifrados, muitos permanecem um mistério.

O Caso do Zodíaco 1960s–1970s – EUA

2. Os Assassinatos e o Modus Operandi

O Zodíaco atacava principalmente casais em locais remotos. Além dos assassinatos de Faraday e Jensen, e de Ferrin e Mageau, outros casos atribuídos ao Zodíaco incluem:

  • Bryan Hartnell e Cecelia Shepard (27 de setembro de 1969): O casal foi esfaqueado enquanto estava em um piquenique no Lago Berryessa. Hartnell sobreviveu e descreveu o atacante como um homem usando uma máscara com o símbolo do Zodíaco, um círculo com uma cruz no meio.
  • Paul Stine (11 de outubro de 1969): O Zodíaco atirou em Stine, um taxista, em San Francisco. Este foi o único caso em que ele atacou uma vítima sozinha e dentro de um ambiente urbano. Testemunhas viram o suspeito e forneceram uma descrição que levou à criação de um retrato falado.

3. As Cartas do Zodíaco e os Criptogramas

O Zodíaco enviou várias cartas para a imprensa local, nas quais se gabava dos crimes e desafiava a polícia.

As cartas continham informações que só o verdadeiro assassino poderia saber, como detalhes das cenas dos crimes.

Ele também enviava criptogramas complexos, alguns dos quais foram decifrados, revelando mensagens como: “Eu gosto de matar pessoas porque é muito divertido”.

Os criptogramas se tornaram uma das características mais marcantes do caso.

O primeiro criptograma, enviado em três partes aos jornais, foi decifrado por um casal amador e revelava o prazer do assassino em matar, mas não trazia sua identidade.

Outros criptogramas, mais complexos, ainda não foram decifrados.

4. Investigações e Principais Suspeitos

A polícia de San Francisco, junto com outras agências, dedicou recursos consideráveis para capturar o Zodíaco, mas ele sempre se manteve à frente.

Diversos suspeitos foram investigados ao longo dos anos, mas ninguém foi formalmente acusado.

Um dos suspeitos mais conhecidos foi Arthur Leigh Allen, que tinha um histórico problemático e foi apontado por vários indícios circunstanciais.

Allen usava um relógio da marca Zodiac e tinha comportamentos que coincidiam com o perfil do assassino.

No entanto, amostras de DNA e impressões digitais coletadas na época não o ligaram diretamente aos crimes.

Outro suspeito amplamente discutido é Richard Gaikowski, um jornalista que coincidia com algumas descrições e tinha envolvimento com a área onde ocorreram os assassinatos.

Outras teorias e nomes surgiram ao longo dos anos, mas nenhum deles pôde ser comprovado definitivamente como o Zodíaco.

5. Apolinário DNA e Novos Desenvolvimentos

Com o avanço da tecnologia forense, o caso do Zodíaco foi reaberto várias vezes ao longo das décadas.

Em 2002, a polícia comparou amostras de DNA retiradas dos selos das cartas enviadas pelo Zodíaco, mas os resultados foram inconclusivos, e nenhum dos suspeitos foi ligado diretamente ao material genético coletado.

Em 2020, um grupo de especialistas e ex-investigadores anunciou que havia decifrado um dos criptogramas restantes, conhecido como “340 Cipher”.

A mensagem revelava uma frase enigmática, mas não trouxe informações sobre a identidade do assassino.

6. O Impacto Cultural e a Obsessão pelo Zodíaco

O caso do Zodíaco não apenas intrigou a polícia e os especialistas em criptografia, mas também se tornou um fenômeno cultural.

Livros, documentários e filmes foram produzidos, sendo o mais famoso deles Zodíaco, dirigido por David Fincher em 2007.

A mídia e o público se fascinaram pela mente do assassino e pelo mistério não resolvido que perdura até hoje.

O caso continua a ser estudado por entusiastas, detetives amadores e especialistas forenses que buscam solucionar o mistério do Zodíaco.

As evidências, no entanto, permanecem inconclusivas, e a identidade do assassino ainda é motivo de debate.

Conclusão

O caso do Zodíaco é um dos maiores mistérios criminais dos Estados Unidos.

A identidade do assassino, seu motivo e sua metodologia são questões que ainda não foram completamente respondidas.

Mesmo com os avanços tecnológicos e os esforços contínuos das autoridades e dos entusiastas, o Zodíaco permanece uma sombra do passado, um quebra-cabeça que talvez nunca seja totalmente resolvido.

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